Assunto: Alimentação
Título: “Comer, comer é o melhor para poder crescer”.
TURMAS: Berçário, educação infantil, educação fundamental
Origem e justificativa do projeto
Tendo em vista a importância da alimentação na vida das pessoas e em especial das crianças e partir das observações realizadas durante os momentos da alimentação dos alunos na EMEI Fazendo Arte é que se constatou a importância de desenvolver o Projeto que recebeu o nome “Comer, comer é o melhor para poder crescer”.
Durante o café, almoço, lanche e a janta são oferecidos alimentos variados que são elaborados de acordo com o cardápio fornecido semanalmente pela SED. O mesmo possibilita que as crianças tenham uma alimentação variada dentro de cada faixa etária, mas o que se percebe na escola é que uma parte destes alimentos ainda não é bem aceita por alguns alunos, podendo citar principalmente as verduras e legumes. É neste sentido que queremos trabalhar com a realização deste projeto, objetivando que, de uma ou outra maneira as crianças venham a apreciar todos os alimentos que são oferecidos, já que os primeiros anos de vida de uma criança são caracterizados por crescimento e desenvolvimento acelerados, incluindo formação dos hábitos alimentares.
Levando em consideração os aspectos citados acima é que as professoras/educadoras da EMEI Fazendo Arte, acharam importante trabalhar o Projeto da Alimentação. O mesmo atingirá todos os níveis da Escola, pois se acredita que este é um trabalho conjunto que inicia na turma do BERÇÁRIO e estende-se as demais TURMAS como um trabalho de incentivo a ser seguido, pois muitas das crianças passam mais tempo na escola durante a semana, do que em casa junto dos familiares. Por isso precisam receber e apreciar uma alimentação variada, fundamental para seu desenvolvimento saudável. Pensando desta forma é que se buscou embasamento teórico com o objetivo de fortalecer a prática e atingir as famílias dos alunos em relação ao tema.
A alimentação é o combustível que fornece energia para nossas crianças. Faz com que elas cresçam fortes, obtenham prazer e a oportunidades de experimentar vários alimentos. Quando se prepara a alimentação para as crianças, deve-se pensar no sabor e na apresentação. As porções não devem ser grandes e sim atraentes. Além de cuidar do valor nutritivo dos alimentos, é necessário observar os princípios da variedade e harmonia.
Torna-se necessário diversificar em cada refeição, num mesmo dia, de um dia para o outro, tanto no que diz respeito ao tipo de alimento, como quanto a sua preparação e apresentação. É importante variar os sabores, as consistências, as cores, a temperatura, a refeição dever ser em um local calmo e tranquilo, devendo ser um momento prazeroso.
É imprescindível que a pessoa encarregada da criança, seja ela mãe, pai, professoras/educadoras, dêem provas de paciência e de capacidade de compreender quando esta não aceita o que lhe é oferecido e aja de forma delicada, incentivando-a a experimentar nem que for um pouco apenas. Como afirmava Ary Lex (p. 59):
“O principal fito da educação alimentar, na escola primária, é a formação de bons hábitos de alimentação. O mestre intensificará essa instrução de tal maneira que, ao sair do último ano, o escolar tenha uma noção exata da importância dos alimentos. Essa instrução alimentar ficará a cargo do professor, mas ele será coadjuvado pelas educadoras sanitárias escolares. Os ensinos dizem respeito ao valor de cada alimento, bons hábitos relativos à alimentação, conduta da criança à mesa, horário das refeições”.
Ao buscar subsídios para fundamentar a importância deste trabalho pesquisaram-se algumas sugestões quanto à alimentação das crianças, sendo elas: - Dê refeições regulares à sua criança, e certifique-se que ela não está demasiado cansada ou aborrecida durante as refeições; - Tenha em "stock" uma boa variedade de alimentos e escolha aqueles que são coloridos e interessantes para a criança; - Coloque quantidades pequenas de comida num prato pequeno. É preferível repetir que a criança ficar subjugada pela quantidade de comida que têm de comer; - Mantenha os doces longe da vista da criança até que a refeição tenha chegado ao fim.
Outro fator importante a ser considerado é que para se desenvolver de forma saudável, as crianças necessitam de alguns tipos de nutrientes:
• Construtores: (Proteínas) Estão presentes na carne, ovos, queijo, e em menor quantidade em: feijões e nozes.
• Energético: (Carboidratos) Aparece em forma simples, como: glicose, sacarose, que vem da cana de açúcar, ou em forma mais complexa, como os amidos nos cereais, pão, massas, vegetais, frutas, nozes. Os carboidratos complexos contêm teores variáveis de fibras dietéticas, vitais para a saúde dos intestinos e do corpo. As crianças podem consumir carboidratos complexos à vontade - dentro do razoável – sem risco de se tornarem obesas. O açúcar refinado, porém, deve sofrer alguma restrição, já que, em excesso, transforma-se facilmente em gordura corporal. O açúcar também prejudica os dentes. (Gorduras) Estão presentes nas carnes, óleos de cozinha, leite, manteiga, queijo, nozes. Há dois tipos de gorduras: as saturadas, na maioria das vezes, encontradas em produtos de origem animal e as não-saturadas, em geral de origem vegetal. As gorduras são uma importante fonte de energia, produzindo o dobro de energia em relação à mesma quantidade de açúcar, e o dobro do peso em nossos corpos. As crianças pequenas queimam tanta energia com suas atividades e com o crescimento que uma quantidade razoável de gordura não parece criar problemas.
• Reguladores: (Minerais) Ferro e cálcio são os dois principais. O ferro é encontrado na carne e nos cereais, pão e alguns vegetais. As crianças que não os ingerirem poderão ter deficiência de ferro. O cálcio está presente nos laticínios. Os alimentos ricos em minerais e vitaminas são essenciais no crescimento e manutenção dos tecidos e no metabolismo geral de energia, sendo positivo quando ingeridos a quantidade necessária. A ingestão insuficiente pode causar atraso no crescimento e resultar em doenças. Como o corpo de uma criança esta em fase de desenvolvimento o cálcio, ferro, fósforo e vitaminas são de suma importância. São de grande preocupação os alimentos ricos em ferro que inibem a anemia. A melhor forma de obter vitaminas é por meio de um cardápio equilibrado, que contenha alimento o mais natural possível. Há várias vitaminas, como: a C, que é encontrada em frutas e sucos, a vitamina D, que está presente nos ovos e na manteiga, bem como é produzida pela ação do sol sobre a nossa pele. A introdução das frutas representa uma variação do paladar na dieta láctea do bebê, como também uma variação na consistência dos alimentos, que passa a ser pastosa no caso das frutas amassadas. Estas frutas são administradas com colher, o que vem a ser uma novidade e um estímulo para o bebê, acostumado somente com o bico da mamadeira. As papas de frutas podem ser iniciadas a partir do segundo ou terceiro mês.
• Água: É fundamental na construção do corpo, na dissolução dos alimentos, na lubrificação dos órgãos e na regulação da temperatura corporal. Para a criança em idade escolar é importante ingerir muito líquido, como sucos naturais e água.
Neste sentido, a nutricionista Suzy Graff (www.revistacrescer.globo.com) coloca que: ...no prato de uma criança precisa ter um cereal, uma leguminosa, uma proteína, verduras e legumes. Como arroz, feijão, carne, tomate e alface, ou uma sopa com lentilhas, carne, cenoura e espinafre, e variações disso. "É para a criança experimentar, aos poucos, novos alimentos associados às preferências dela", explica.
O organismo humano, seja adulto ou infantil, consome energia em todas as suas atividades, portanto, o hábito de comer todos os tipos de alimentos deve ser criado na infância, para que ocorra o fornecimento de energia para uma perfeita manutenção da saúde, crescimento e do desenvolvimento dos órgãos, para que funcionem equilibradamente. Esperamos poder contribuir para vida saudável dos nossos alunos, através do trabalho que será desenvolvido na escola e estendido às famílias em relação à alimentação.
Objetivos
Ter e valorizar uma boa alimentação, visando melhor qualidade de vida;
Experimentar os alimentos oferecidos na escola, fazendo das refeições momentos prazerosos;
Estimular os bons hábitos alimentares;
Utilizar os cuidados com a higiene dos alimentos;
Identificar alimentos variados através dos sentidos;
Conscientizar os pais sobre a importância de uma alimentação saudável em casa;
Estimular o aluno quanto ao autocontrole no processo de ingestão dos alimentos;
Estimular o paladar despertando a curiosidade e o prazer de descobrir novos aromas e sabores.
Estimular o uso dos talheres e caneca no momento da alimentação;
Estimular o aluno a se servir todos os alimentos, percebendo a quantidade necessária.
Demonstrar o funcionamento do aparelho digestivo para o aluno compreender a finalidade da alimentação.
Linguagens a serem trabalhadas
Alimentação;
Situações de aprendizagem
Entoando cantigas que estimulem o ato de alimentar-se;
Usando os sentidos para identificar cheiros, cores, texturas, barulhos, gostos, envolvendo alimentos diferenciados;
Preparando diferentes receitas;
Confeccionando um livro de receitas saudáveis;
Ilustrando o livro junto à família;
Degustando as receitas preparadas;
Confeccionando fantoches que envolvem alimentos de origem animal e vegetal;
Dramatizando e criando histórias que enfoquem a importância da alimentação saudável;
Conversando sobre a importância de uma alimentação saudável e variada para o desenvolvimento do nosso corpo;
Relatando a preferência por alimentos doces e salgados;
Confeccionando e montando quebra – cabeças referentes à alimentação;
Trazendo frutas de casa e socializando com a turma;
Conversando sobre a importância da higiene e conservação dos alimentos;
Respeitando os bons hábitos alimentares ao realizarem as refeições;
Fazendo recorte de folder de supermercado;
Registrando o cardápio do dia;
Pesquisando em casa com os pais, sobre como é a alimentação das crianças;
Enviando textos informativos aos pais, sobre a importância de ter bons hábitos alimentares;
Iniciando o processo da construção da autonomia nos momentos de alimentação e realizando conversação na hora da roda de conversa sobre a importância dos alimentos;
Manuseando rótulos e embalagens de alimentos;
Conhecendo e aplicando em trabalhos plástico visual sementes de diversos tipos de alimentos.
Recursos a serem utilizados
CD’s; Som; Alimentos em geral; Papel; Tinta; Sementes; Rótulos; Massa de modelar; Giz de cera; Canetinhas; Lápis de cor; Tesoura; Folder; Coleção de livros “No reino da Frutolândia”.
Relatório avaliativo
O relatório será construído no decorrer do projeto, considerando as reações e ações dos alunos, observações e intervenções das professoras/educadoras que será descrito ao final de cada semestre no relatório individual do aluno.
Portfólio
O portfólio do grupo não será construído porque as observações estarão descritas no relatório individual do aluno. As fotos tiradas nestes momentos serão expostas no mural para a apreciação dos pais.
Referências bibliográficas
http://partilhandoideiasideais.blogspot.com.br/2011/12/projeto-alimentacao.html
http://mamaezinhasdeprimeiraviagem.blogspot.com.br/2013/01/boa-alimentacao-pais-responsaveis.html
Alimentação Saudável para Crianças. Disponível em: (Acesso em 07 mai. 2009);
ARRIBAS, Teresa Lleixà. Educação Infantil: desenvolvimento, currículo e organização escolar. Porto Alegre: Artmed, 2004;
Dez passos para uma alimentação saudável: Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos - Ministério da Saúde, Brasília - DF 2002;
BRAZELTON, T. Berry. 3 a 6 anos – Momentos decisivos do desenvolvimento infantil. Porto Alegre: Artmed, 2003;
GRAFF, Suzy. Alimentação saudável e gostosa: é possível? Disponível em: . (Acesso em 07 mai. 2009);
HEINE, Evelyn. Alimentação saudável para crianças. Santa Catarina, Brasileitura, 2006;
LEX, Ary. Biologia Educacional. São Paulo: S.A;
PIOTTO, Débora; FERREIRA, Marisa; PANTONI Rosa. Comer, Comer… Comer, Comer… é o melhor para poder crescer…” In: Os Fazeres na Educação Infantil. São Paulo: Cortez, 2001;
SPETHMANN, Carlos Nascimento. Medicina alternativa de A e Z., Uberlândia, MG, Natureza, 2004. – 7ª edição
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília, DF, 2001.
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